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19 julho 2015

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Freguesia do Ó (2)
ROGERIO SANTOS

o silêncio da manhã
de um domingo de sol
é poesia no céu
da freguesia do ó

a cidade matou
a contemplação
e nos entupiu
de barulhos

mas o sino da igreja
de sons ancestrais
insiste em cobrar
quem se distrai

na sina dos edifícios
a geometria do olhar
um passo adiante
sem sair do lugar

na rua de baixo
ainda mora a menina
que arrasa o quarteirão
com seus "erres"

a cidade
manda mensagens
que não entendo bem

- sou mais do interior -

um cheiro de café
interrompe o despertar
adormeço e sigo
com última estrela que se vai

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