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Vagalume
ROGERIO SANTOS
alua
coração vulgar
a lua
vira estrela
e vaga
divaga
vagalume
/
Mar Morto
ROGERIO SANTOS
amar é servir à vida
retrós de esperado instante
por isso estilhaço o estanque
com vento que arromba parede
há sempre uma escapatória
numa porta que destranque
poeira de casa sem teto
de janela em ripa nobre
se a tramela é enferrujada
e a sombra presume um corpo
não naufraga com seu medo
quem mergulha no mar morto
Ensimesmada
ROGERIO SANTOS
Quatrocentos
ROGERIO SANTOS
escrever é uma sina
publicar é uma sanha
oração não cabe em cela
e pau não foge de aranha
quatrocentos são os golpes
vinte mil são os galopes
entre o cravo e a ferradura
do ostracismo e do ibope
se a inspiração me fascina
entorno mais meio xarope
dábliu, dábliu, dábliu, ponto
folha de cima blog spot
/
Iluminura
ROGERIO SANTOS
Iluminura
quando avoa
cobre o céu
em desatino
pilha nuvens
e pessoas
quando cria
em desaviso
chuva boa
de poesia
casamento
de viúva
quando o sol
enfim desponta
noutro dia
que se apruma
Catalepsia
ROGERIO SANTOS
meus olhos fechados
minha boca fechada
silêncio de nem respirar
eternidade e vazio
corpo na areia da praia
marcando uma estrela no chão
nesse exato momento
meu coração foi roubado
e bem se admira o ardil
grita s.o.s em código morse
invade outro peito vadio
de amor, escapa pelo ladrão
A Craca
ROGERIO SANTOS
now
de vê-la
levá-la
velá-la
eu vento
eu vela
eu sela
e sê-lo
silêncio
i’m sea
eu tela
eu barco
vetusto
a craca
de tê-la
em pêlo
no tempo
do todo
afago
affair e fogo
apara fina
completa mente
in finito
que foi-se
sem telha
in previsto
nau frágil