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20 setembro 2011

326


Sono
ROGERIO SANTOS

o sono desocupa o corpo
um barco bardo à deriva
cílios cerrados e silêncio
um navegante do tempo
sempre templo e passageiro
enquanto aguarda o poente
enfrenta o cais de outro dia

18 setembro 2011

325


Poema no Silêncio
ROGERIO SANTOS

é tão intenso meu silêncio
tão intenso que cabe um mundo
cabe um altar e um oratório
casa de chão de terra nas mãos
perfume vital de água de chuva
quando molha o pó - recria a argila

01 setembro 2011

324



ROGERIO SANTOS

há um conto em cada linha de varal
palavras estendidas num jardim
um velho dicionário a reclamar
por cantos de canários pelo ar

que arte é brincadeira de sonhar
com olhos de buscar nova paixão
em cada nova onda mergulhar
seja em mar, seja em som

de todas as besteiras que falei
espero e desespero vai e vem
palavras são vazias quando só
mas pira de poesia pede um nó